quinta-feira, 6 de março de 2008

A Elite Teme o Projeto Alternativo para o Rio São Francisco

Por
Ademir Costa


A dificuldade para “vender” e, mais ainda, implementar a visão alternativa de uso das águas do Rio São Francisco reside no fato de a proposta prever uma mínima reforma agrária. A elite tem menos medo do diabo do que da reforma agrária. E vem “rolando o lero”, escamoteando sua necessidade, iludindo quanto a sua desnecessidade e concentrando mais a propriedade da terra. Aqui um dos maiores, senão o maior impedimento às transformações sociais no Brasil. Ou não, caetanamente.

Qual Roberto Carlos, canto: “eu não consigo entender sua (deles) lógica”, já que está “tudo certo, como dois e dois são cinco”. A profecia de João Batista Figueirado de que “o morro pode descer” já se concretizou e ainda não nos demos conta. Guerra civil instalada, e “nós aqui na praça dando milho aos pombos”.

Servidores públicos dos vários escalões do governo, que deveriam propor projetos de real benefício para a sociedade, ficam a repetir os processos do passado, pois “ainda somos os mesmos e vivemos como os nossos pais”. Apesar de o mundo já ter dado volta e meia e a globalização “financeira” (porque a da mão-de-obra e a do “bem-bom” é proibida) ameaçar nos engolir a todos. O protagonista do filme franco-holandês “Queimadas”, pergunta, no final: “Até quando?” Resta-nos responder. Ou nos enganar ou nos omitir, via passa-tempos diversionistas dos mais diferentes matizes.


Para ler mais sobre a Transposição

Visão do governo:
http://www.mi.gov.br/

Alternativas defendidas pelos movimentos sociais:
www.parnaiba.ana.gov.br/atlas_nordeste
http://www.saofranciscovivo.com.br/
http://www.umavidapelavida.com.br/.

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