sábado, 13 de novembro de 2010

REPÚBLICA E REINO

Por: D. Demétrio Valentini,
Bispo da Igreja Católica Apostólica Romana

A próxima semana começa com o dia da República, e termina com o domingo de Cristo Rei.
República e Reino. Até parece combinado. Para arrematar bem este ano litúrgico, nada melhor do que estas duas referências estimuladoras, com o claro desafio de integrar os valores que elas apontam.
Uma visão, portanto, não teórica, mas prática, no intuito de discernirmos como participar concretamente da República, e como, ao mesmo tempo, sentir-nos cidadãos do Reino de Deus.
Logo salta aos olhos que a referência mais rica, mais profunda, mais permanente, é sem dúvida o Reino. Não é por acaso que o Evangelho o menciona com tanta freqüência, a ponto de Cristo ter dedicado a ele a maior parte de suas parábolas. E depois de ter contado tantas, ele mesmo se perguntava com que mais poderia ser comparado o Reino.
Mateus, herdeiro da tradição judaica, fala do "Reino dos Céus", para evitar de citar, por respeito, o nome de Deus. É sempre prudente não usar em vão o nome de Deus!
São pitorescas as comparações usadas por Cristo. Desde o aceno para o grão de mostarda, até a comparação do banquete, rejeitado pelos convidados, mas oferecido inesperadamente aos pobres.
As muitas comparações usadas por Cristo sugerem que o Reino aponta para a integração, para a harmonia, para a totalidade, onde somos convidados a nos integrar. O Reino não disputa lugar com as outras realidades. Ao contrário, ele integra a todas, apontando o sentido e a finalidade de cada uma, concreta e singular, que assim não se entende perdida ou isolada, mas integrada no conjunto maior.
O Reino supõe harmonia interior, que Jesus expressava de maneira surpreendente e encantadora, e buscava por sua atitude mística de recolher-se longamente em oração.
Jesus fala que o Reino é semelhante ao fermento que a mulher põe na farinha, até que tudo fique levedado. Ou semelhante também ao sal, que torna saborosa a comida. Ou à luz, que deve ser colocada em lugar de destaque para iluminar todo o ambiente.
Com estas comparações, fica claro que o Reino não é alheio à realidade. Ele a respeita, mas tem a força de transformá-la por dentro, não contrariando sua natureza, mas levando-a a desabrochar suas potencialidades.
Portanto, o Reino não é alheio à realidade. Quem se sente animado a participar do Reino, e a agir de acordo com sua inspiração, se volta para a realidade, e procura a maneira adequada de nela interagir.
Pois bem, nesta semana comparece uma realidade muito importante, com um nome bem concreto: a nossa República, a "República Federativa do Brasil". Se queremos ser coerentes com a realidade do Reino, precisamos encontrar a maneira adequada de participar da vida republicana. O cristão se sente participante do Reino, mas também cidadão da república.
Porém, com uma diferença: na esfera do Reino, lidamos com o absoluto, contamos com verdades definitivas, apelamos para a obediência e para a comunhão de pensamentos e de vontades.
Na vida republicana lidamos com o relativo, com o precário, com o provisório, com o limitado, e não podemos invocar sobre estas realidades a mesma postura que adotamos na vivência do Reino. Na República não convém, por exemplo, invocar o nome de Deus! O melhor é cumprir, na prática, a sua vontade.
No Reino se escuta e se obedece. Na República se pensa e se decide. Quando aplicamos à República os mesmos procedimentos do Reino, acabamos desrespeitando a República, mas também traindo o Reino, pois ele aposta, não na imposição, mas no convencimento.
A propósito, isto tem alguma coisa a ver com as recentes eleições acontecidas na República?

FONTE: Informações da Diocese (14/11/10)

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Passeio Ecológico a Quixadá

Passeio Proparque a Quixadá,

Dia 21/11/10, saindo às 6 horas

Participe. Será oportunidade para conhecer a Casa de Rachel de Queiroz, o Mosteiro da Serra do Estêvão, o Santuário Rainha do Sertão e contemplar o Açude do Cedro. Venha com a família e amigos.

Detalhes importantes:

· Você terá direito a café da manhã, ônibus Gertaxi com ar condicionado, almoço no mosteiro e lanche à tarde.

· Por pessoa, apenas R$ 70,00. Crianças de colo têm abatimento.

· O ônibus sai da R. Castro Alves, 180, às 6h e o retorno é previsto para as 19h.

Contato: Luísa -- (85)3254.1203 e (85)8838.1203.

Participando, você se enriquece e ajuda os nossos projetos em prol do Parque Ecológico Rio Branco.

MOVIMENTO PROPARQUE

O futuro da Terra em suas mãos.

movimentoproparque@bol.com.br

http:movimentoproparque.blogspot.com

Favor repassar este convite para outras pessoas

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Verdade e "verdades" sobre uma demissão

DIÁRIO DO NORDESTE
Verdade e "verdades" sobre uma demissão

Por Ronaldo Salgado, em 2/11/2010

FONTE: http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?msg=CONF&cod=614IMQ003&#c

A demissão do jornalista Dalwton de Moura Borges do cargo de editor de "Variedades" do jornal Diário do Nordeste, no estado do Ceará – de acordo com o Instituto Verificador de Circulação (IVC), com tiragem média diária em torno de 45 mil exemplares –, inaugura mais um triste e sombrio capítulo na história do jornal, que em dezembro próximo completa 29 anos. O jornalista foi demitido não porque escreveu um texto de opinião contrário aos interesses ou à linha editorial da empresa – o que, por si só, não seria motivo para isso, já que o jornal se resguarda em seu expediente com a ressalva de que "as opiniões assinadas não refletem obrigatoriamente o pensamento do jornal", como estampado página 2 do Diário do Nordeste.

O motivo da demissão foi a edição de um caderno inteiro, de seis páginas, com o título principal "Revoluções ontem e hoje", encartado na edição de domingo, 17 de outubro de 2010, tendo como "gancho" o lançamento do livro Revoluções (Editora Boitempo, 2009, 552 páginas, preço médio R$ 68,00), organizado pelo professor brasileiro radicado na França Michael Löwy, que esteve em Fortaleza. O livro reproduz imagens fotográficas "de movimentos contestatórios decisivos para escrever a história dos séculos 19 e 20", como a Comuna de Paris e a Revolução Russa de 1917, para ficarmos em apenas dois exemplos.

O caderno, com reportagem e entrevistas com Löwy, foi pautado, segundo informações do jornalista demitido, pela direção editorial do Diário do Nordeste, que tem à frente o jornalista Ildefonso Rodrigues. Os textos da reportagem e a entrevista com Löwy são assinados por Dalwton Moura (editor) e Síria Mapurunga (repórter). Há, também, dois artigos assinados: um da professora doutora do Curso de História da Universidade Federal do Ceará (UFC) Adelaide Gonçalves ("Homem de muitos mundos"), e outro do jornalista e escritor José Arbex Jr. ("Iconografia revolucionária"). O caderno traz finalmente depoimentos de outras fontes além do sociólogo franco-brasileiro, a exemplo dos professores cearenses Frederico de Castro Neves, Josênio Parente e Emiliano Aquino e do crítico literário Roberto Schwarz.

Grupo diversificado

A direção da empresa teria classificado o caderno como "panfletário" e "subversivo", além de "inoportuno ao momento atual". Os dois adjetivos dispensam explicações aos leitores. A expressão "inoportuno ao momento atual", ao contrário, pede esclarecimento: trata-se da circunstância eleitoral então polarizada entre os candidatos à Presidência da República Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), no segundo turno. Dilma, uma candidata mais à esquerda no espectro ideológico; Serra, mais à direita. Este, o candidato queridinho dos meios de comunicação; aquela, odiada por quase todos os grandes jornais brasileiros.

A demissão de Dalwton Moura impõe, no mínimo, uma reflexão a todos os que se preocupam com a vida democrática, a qualidade dos meios de comunicação e o papel que esses meios cumprem no quotidiano das pessoas em geral. Pode um jornal demitir um jornalista pela edição de uma matéria que não atenda às expectativas da empresa, mesmo quando a pauta é encomendada pela direção editorial do veículo? Qual a responsabilidade da direção editorial em casos como esse? O que esse fato pode suscitar em relação às discussões sobre liberdade de imprensa, principalmente no Brasil? O que isso tem a ver com a discussão mais do que urgente sobre controle social dos meios de comunicação, que os jornais e as emissoras de rádio e televisão brasileiros tanto repudiam? Como fica a reputação do Diário do Nordeste ante os assinantes, os leitores que compram o jornal em bancas e a sociedade cearense?

O Diário do Nordeste faz parte do grupo Edson Queiroz, conglomerado empresarial que atua em vários campos da economia brasileira, incluindo produção de bens duráveis (fogão, geladeira, freezer etc.), agropecuária e agroindústria, exploração e distribuição de água mineral e gás butano, exploração de petróleo, educação superior privada (Universidade de Fortaleza – Unifor) e na área da comunicação.

Subjetividade empresarial

Além do Diário do Nordeste, o grupo Edson Queiroz controla três emissoras de TV (em Fortaleza, a TV Verdes Mares, canal 10, afiliada da Rede Globo; TV Verdes Mares Cariri, em Juazeiro do Norte; e TV Diário, de âmbito regional, também com sede na capital cearense) e emissoras de rádio AM e FM – duas em Fortaleza, uma em Recife e outra no Rio de Janeiro. O jornal foi fundado a 19 de dezembro de 1981. Seis meses depois da fundação, o empresário Edson Queiroz faleceu num acidente de avião da antiga Vasp, nas proximidades de Fortaleza.

Em seu primeiro editorial, intitulado "Compromisso de luta", o jornal expressava:

"Compusemos um corpo de repórteres bem qualificados para veicular os acontecimentos com agilidade e precisão, a fim de que as informações cheguem ao público sem tardança e com a preocupação exclusiva de transmitir a verdade."

O repórter Dalwton Moura, há pouco mais de três meses guindado ao posto de editor pela competência e a qualificação profissional que demonstrara em mais de cinco anos atuando no jornal, é demitido, e a qualidade dele, assim como a verdade apregoada pelo matutino no primeiro editorial, é jogada ao rés-do-chão.

Não se aponta um único erro jornalístico no caderno, mas, de maneira sub-reptícia e aética, estabelece-se a razão da demissão: o suposto conteúdo panfletário e subversivo dos textos, contrariando a lógica do jornalismo informativo praticado pelo periódico. É subjetividade empresarial, sem sustentação em fatos da realidade contemporânea, quando não mais se faz jornalismo com panfletos nem há situações ou regimes discricionários a subverter, porquanto desfrutamos o Estado democrático do direito.

Credibilidade empobrecida

Foi irresponsável o jornalista Dalwton Moura ao cumprir a pauta encomendada pelo seu superior hierárquico? Não; afinal, antes da edição do conteúdo jornalístico, ainda segundo Dalwton Moura, houve várias reuniões de pauta com a presença do diretor do jornal. Parte-se, então, para um campo de reflexão no qual o conceito de corresponsabilidade deve, necessariamente, vir à tona: uma pauta encomendada pela direção editorial do jornal é de responsabilidade tanto da editoria específica, no caso a de Variedades, quanto da própria direção do veículo. É um regime consorciado de responsabilidades. Aceitando-se as razões da demissão imposta pelos proprietários do jornal – o que, também por si só, não se pode aceitar –, por que só o editor do caderno foi demitido?

Ao atingir o jornalista Dalwton Moura em plena ascensão profissional, o Diário do Nordeste expõe a contradição que a grande imprensa carrega no seu âmago: defende a liberdade de imprensa como um valor absoluto e inalienável, mas a aliena aos seus próprios interesses. Ou seja, tem na liberdade de imprensa não um legado político, ideológico, filosófico e cultural que nos foi deixado pelos rastros da Independência Americana (1776) e da Revolução Francesa (1789), mas a tem como um slogan de propaganda de atuação em defesa da sociedade. Ora, ora!

É nesse ponto que entra a discussão urgente e inadiável sobre a necessidade de se instituir no Brasil um controle social dos meios de comunicação. Da mesma maneira como reagiram à proposta de institucionalização do Conselho Federal de Jornalismo, há pouco mais de dois anos, as empresas jornalísticas reagiram, mais recentemente, contra o projeto de indicação do Conselho de Comunicação Social do Estado do Ceará, propostas que vão ao encontro dos interesses de toda a sociedade, se analisadas sem manipulação, distorção e maniqueísmo, como o fazem essas empresas de Norte a Sul do país.

Qual o argumento mais utilizado por elas? É que tais propostas querem restringir a liberdade de imprensa e instituir a censura nos meios de comunicação. Qual nada! Está por trás desse argumento pomposo, isso sim, o fato de que querem agir livremente e em favor apenas dos próprios interesses – políticos, ideológicos, econômicos, culturais. No caso da demissão do jornalista Dalwton Moura, onde fica a liberdade de imprensa? Debaixo do tapete das sofisticadas e bem decoradas salas das diretorias dessas empresas. E a censura? Não aparece para a sociedade, que mal toma conhecimento de fatos como a demissão de Dalwton Moura. Entanto, fica registrada com outra nomenclatura na carteira de trabalho do jornalista: demissão sem justa causa.

O jornal Diário do Nordeste sai com reputação e credibilidade atingidas e empobrecidas. Porque fere a democracia, agride a consciência cidadã de profissionais íntegros, honestos e qualificados e, finalmente, ludibria a sociedade quanto ao fazer jornalístico que propaga praticar.

Ronaldo Salgado é jornalista, integrou a equipe inaugural do Diário do Nordeste e atualmente é professor do Departamento de Comunicação da Universidade Federal do Ceará

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Povo sofrido, guerreiro e sábio

Por Ademir Costa,
Jornalista











Que bom renovar esperanças! Que alegria, ver tanta alegria nas ruas!

É conveniente permanecermos alertas, "de lâmpadas acesas", pois não é "o noivo" (da parábola do Evangelho) que pode chegar a qualquer hora, mas a tucanagem. Bom lembrar a ameaça contida no discurso do Derro(demo)tado, mais ou menos assim: "isso não é um adeus, mas um até logo". Olhando o cenário sob outro prisma: precisamos pressionar para que o governo Dilma penda para o lado do povo.

Faz-se necessário ter presente que banqueiros e agronegócio estarão puxando (como na era Lula) o governo pro lado delles. O movimento social não pode fazer papel só de aprovação, mas também de reivindicação -- o que, a meu ver, faltou um pouco nos governos Lula. Ao escrever, tenho presente a atitude acomodada do sindicalismo bancário, por exemplo. Já o MST manteve postura altiva, como convém à sociedade civil que apoia, mas não assume o gesto lagartixa de só aplaudir.

E a imprensa "demo"sectária que se exploda, pois todas as suas teses foram soterradas: poderio dela, besteira do povo, invencibilidade do Serra, incapacidade de Lula transferir mais que 20% de votos, "bobeira" da Dilma iniciante. Elles acertaram em algo, entretanto: era conveniente esconder FHC. -- KKK!

Fé na vida, fé no homem/mulher, fé no que virá! Nós podemos muito, nós podemos mais! Vamos lá fazer o que será". (Eterno Gonzaguinha).

Abraço dilmático, cheio das melhores vibrações por este povo sofrido, guerreiro e sábio, a que pertenço com orgulho.

"Nós é nós" e o resto é pura tucanagem!! KKK.


(Na foto, uma etapa que se encerra ou uma nova aurora? Que sejam as duas coisas e nós atentos no barco banhado de luz)

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Ainda comentando a fala de Ratzinger


O Papa está no seu direito de orientar os fiéis e a ação dos bispos. Sua fala foi inoportuna, por não respeitar o tempo de eleição no Brasil. Quis substituir o papel dos leigos. Na Igreja Católica, a hierarquia dá os princípios gerais, mas cabe aos leigos a ação política em partidos e movimentos sociais. O Papa sai desmoralizado pela enxurrada de votos em Dilma, se era o que queria evitar.

Por: Ademir Costa

EcoAmigos, ainda comentando a fala de Ratzinger: na pessoa, está tudo misturado: fé, ciência, convicção e opinião, admiração e horror, grandeza, honradez e baixaria, dedicação, esforço, vontade de acertar.

Assim, o Papa meteu-se na eleição por ser seu dever orientar também na questão política e por julgar ser oportuno o momento. Acho que não foi oportuno e eu disse isso sábado, 30, neste blog, antes do texto de Boff e do pronunciamento do Papa. A Igreja Católica tem uma bem fundamentada postura quanto à ação política: a hierarquia dá os princípios gerais, os fiéis militam nos partidos e movimentos concretos. A fala do Papa foi genérica, mas feita na hora indevida. E isso não foi por acaso, penso eu.

O pronunciamento do Papa, em si é bom. Ruim foi a hora. Creio que influenciaram nessa decisão o fato de os bispos conservadores desejarem uma palavra do papa, de leigos como Alkmim serem religiosos beatos influentes e uma mirada errada da diplomacia do Vaticano. No meu entender, o Papa falaria disso em outra oportunidade, passada a eleição. Por cabeça própria ou por sopro de assessores, ele deu o passo na hora errada. Sei que é direito do Papa -- e até dever -- posicionar-se sobre o tema, doa a quem doer. Porém ele não tinha uma faca no peito, poderia falar amanhã ou no próximo mês.

Dizemos que o Papa não erra quando define questões de fé. Mas aqui, no meu entender, ele errou no plano político. A eleição de Dilma que eu dava como certa em meu texto no blog confirmou-se. O Papa ficou "desmoralizado", se é que queria dar uma prova de poder mudar o rumo da decisão ou se é que o povo entendeu que era essa a intenção do Sucessor de Pedro. (Ficaram desmoralizados os estrategistas da "bomba"). Acho que ele não é desinformado e já sabia o desfecho eleitoral. Tanto que diz na sua fala que é preciso dizer o que deve ser dito, sem buscar aplausos, o que também é correto -- caso semelhante: foi o que Plínio fez, embora soubesse não ter chance de ganhar a eleição.

Este Papa é ortodoxo, como um Papa deve ser, mas sem coragem para o avanço. Portanto, acho que ele não está preocupado com o capital internacional, mas com a defesa cega da pureza de conceitos da moral vigente. Ele é incapaz de ver a moral como algo que evolui, levando em conta as circunstâncias. Com sua fala, passou como trator sobre a circunstância eleitoral desfavorável a ele. Daí ter sido esmagado pelos votos dos brasileiros que preferiram acreditar que Dilma não é aborteira (aliás, essa questão do aborto já saíra de pauta). É o que me parece.

Taí: a "bomba" que todos temíamos antes da eleição, para beneficiar Serra (Lembra da nota de Marilena Chauí? E das que se seguiram?), foi o discurso do Papa. Que acabou se revelando um traque.
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