segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Cumbe Aracati: A Bons Ventos Responde

Recebi da VSM Comunicação uma "Nota de Esclarecimento" em resposta às denúncias dos moradores da comunidade Cumbe. Segue, pra sua leitura. O Prof. João Joventino do Nascimento, morador daquela comunidade, também se pronuncia: não concorda com as afirmações da assessoria de comunicação e ainda dá endereço na internet, onde você encontrará mais fotos denunciadoras da situação.

Oi, Ademir!

Boa tarde! Sobre o post “Comunidade do Cumbe denuncia abusos”, publicado no blog no dia 26, seguem algumas informações.

Estamos à disposição.

Atenciosamente,

Manuella Nobre - Consultora de Atendimento

Gerência Corporativa

VSM Comunicação 20 anos - Soluções em Comunicação Corporativa

Telefone: (85) 9921.0370 ou (85) 3456.6100

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Preserve a Natureza. Seja um cidadão consciente, pense antes de imprimir.



Fortaleza, 26 de agosto de 2009.


Nota de esclarecimento



Sobre a manifestação realizada no dia 26 na comunidade do Cumbe, em Aracati, a Bons Ventos esclarece que atuou amigavelmente junto aos moradores para liberar o acesso à obra. A empresa dispõe de profissionais especializados para o trato direto com a população local e mantém o número 0800-2806927 para receber reclamações. A Bons Ventos sempre busca minorar os eventuais impactos causados durante a realização das obras, os quais serão em definitivo extintos quando estas forem concluídas.



Preventivamente, a Bons Ventos realizou uma reunião com os motoristas de todas as empresas prestadoras de serviço e exigiu que fosse respeitado o limite de velocidade da via. A empresa também solicitou que a Guarda Municipal de Aracati intensificasse a fiscalização na região, o que vem ocorrendo desde a última segunda-feira, dia 24, para notificar possíveis infrações. Por iniciativa da Bons Ventos, a sinalização da estrada foi ampliada e o caçambeiro que for notificado duas vezes pelo excesso de velocidade será desligado imediatamente do empreendimento.



Desde o dia 24, chove fortemente na região, o que causou impacto nas condições da estrada. A Bons Ventos realizou hoje, dia 26, manutenção no trecho impactado da via para solucionar o problema.



Através do Programa “Porta em porta”, a Bons Ventos informa os moradores sobre o status da obra, avisando com antecedência sobre a chegada dos aerogeradores e o aumento do fluxo de caminhões. Além disso, o setor de relações públicas promove, em parceria com a Prefeitura Municipal, palestras e ações sociais.



Sempre que possível, a Bons Ventos prioriza a utilização de mão-de-obra local. Hoje, em torno 190 pessoas da região (Cumbe, Canavieira e Aracati) estão em empregadas na obra. As usinas eólicas Bons Ventos, Canoa Quebrada e Enacel juntas têm potência instalada de 138,5MW, com capacidade para abastecer aproximadamente 500 mil pessoas. A energia gerada representa cerca de 10,5% do consumo do Ceará e contribuirá para mudar o perfil energético do estado.



VSM Comunicação

(85) 3456.6100

Jornalistas:

Manuella Nobre – CE 2087jp - cel.: 9921.0370

Mônika Vieira – CE 01277jp - cel: 8779.2007

AQUI A MANIFESTAÇÃO DO PROF. JOÃO DO CUMBE:

Meu caro Ademir,


Ademir,
Muito obrigado pela força!

Na terça-feira, dia 1 de setembro estamos indo ao ministério público
de Aracati, para pedir uma audiência com das partes envolvidas no problema,
comunidade e usina eólica, exigir que seja tomada as providências com relação
à estrada que dá acesso a usina. Não suportamos mais tanta poeira e lama
por conta do grande número de máquinas pesadas que circulam dentro
da comunidade, tirando nossa paz e tranquilidade.
Não confiamos mais em deixar nossas crianças ir e vir, pois está perigoso.
Outro assunto a ser tratado é de apresentar um Projeto de Desenvolvimento
Comunitário para o Cumbe, uma vez que a usina vai permanecer aqui por mais
de vinte anos. Seria a responsabilidade social da usina com todos nós.

Mas, a qualquer momento estamos pronto a fechar a estrada por tempo indeterminado,
até que seja resolvida nossa situação.

Vc tem orkut?
No meu joaodocumbe@yahoo.com.br, no albúm de fotos "Salvemos o Cumbe antes que Sucumba" irá encontrar várias fotos mostrando a nossa situação.

Pode mostrar a quem vc quiser as fotos ou ir no orkut ver.

sábado, 29 de agosto de 2009

Da Ameaça do Automóvel à Saída do Automobilismo

O artigo provoca reflexão sobre a qualidade de vida nas cidades e propões que andemos de bicicleta e a pé, sempre que possível. É o AUTOmobilismo.

Carlo Tursi


Nas grandes cidades do Brasil e do Planeta a situação do trânsito está perto do estrangulamento, sobretudo nas horas do “rush”. A cada ano cresce, de forma assustadora, o número de veículos em circulação, agravando ainda mais um cenário urbano que caminha para o colapso. Enquanto em muitas metrópoles o fluxo do trânsito praticamente pára por algumas horas do dia, gerando engarrafamentos quilométricos, uma considerável parte da população, por ora usuária de transportes coletivos, almeja ardentemente tornar-se proprietária de um automóvel, em um futuro próximo. Se este sonho se realizar, as cidades brasileiras viverão seu pior pesadelo...
O número excessivo de automóveis em circulação é uma das principais causas das altas taxas de monóxido de carbono no ar dos grandes centros urbanos, o que constitui séria ameaça às vias respiratórias de seus habitantes. Além do mais, a sempre crescente frota de carros potencializa o aquecimento da cidade e da própria atmosfera do Planeta, contribuindo para o perigoso efeito “estufa”. Até para os cientistas mais sóbrios decorrerão deste quadro conseqüências climáticas catastróficas, caso não haja uma drástica redução da emissão de gases.
O uso indiscriminado do automóvel, até para locomoções de curta distância, está tornando os motoristas acomodados e obesos. Obriga-os a compensar sua falta de movimentação e exercício físico em academias caras, onde devem derramar litros de suor percorrendo caminhos fictícios na esteira. Entre todas as máquinas e aparelhos que – supostamente – aumentam nossa qualidade de vida, o automóvel se apresenta como o mais pernicioso, pois proporciona ao motorista uma sensação de poder e prazer que o vicia, fazendo-o esquecer-se do poder e prazer de automover-se. O resultado é uma civilização do elogio ao menor esforço possível, à moleza e à preguiça físico-mental.
Que saída temos?
Trocar veículos poluentes por não poluentes ou menos poluentes é insuficiente, embora seja o começo de uma reação. Proponho algo mais radical, mais fundamental: o princípio do a u t o m o b i l i s m o, aplicado ao ser humano. Enquanto o ciclismo é praticado apenas como um esporte ou hobby compensatório por inveterados motoristas, o automobilismo humano conclama para a adesão aos valores do automover-se, automotivar-se e automobilizar-se que pretendem fazer frente a toda uma civilização de dependência tecnológica, em que o ser humano se tornou “apêndice da máquina”, até mesmo seu escravo. O mundo necessita, mais do que nunca, de pessoas automovidas, automobilizadas e automotivadas. Sobram indivíduos que precisam estar atrás do volante de um veículo possante para se sentirem “capazes”, como sugerem os comerciais de carros na TV; ainda raros são aqueles que se comprazem em sua própria força e iniciativa, ao locomoverem-se. Um “automobilista” prefere a escada ao elevador, jamais se serve de um microprocessador para espremer uma laranja e ojeriza escovas de dente elétricas. Sente prazer em ver sua destreza e potência aumentar a cada esforço que faz, a cada desafio que vence. Acredita santificar-se com o seu próprio suor. Considera controles remotos e outros artifícios que nos poupam a automovimentação invenções diabólicas (o diabo sempre esteve interessado em evidenciar o fracasso e a pouca estatura do ser humano...). Para o automobilista, a bicicleta é o meio de transporte genial que permite fazer uso da roda e da tração, sem emitir gases tóxicos nem barulho, e que – pelo menos nas grandes cidades e nos horários de pique – ainda consegue ser mais rápido do que o automóvel!
Felizes os/as que trocam o automóvel pela bicicleta, sempre quando puderem, pois a eles/elas pertence o futuro da Terra!
V i v a o a u t o m o b i l i s m o h u m a n o!

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

COMUNIDADE DO CUMBE DENUNCIA ABUSOS













































Recebi hoje, mais uma vez, denúncia dos moradores da comunidade Cumbe, município de Aracati. O empreendimento de usina eólica está aprovado pelo órgão estadual de meio ambiente, a Semace, apesar de as fotos mostrarem a devastação que as dunas estão sofrendo. Se, para a instalação dos aerogeradores, for sempre necessário danificar as dunas, desta maneira, é necessário que as autoridades revejam as concessões. Além disso, os transtornos para os moradores tradicionais são grandes e inadissíveis. Veja. As fotos falam muito. O texto esclarece.


Hoje, dia 26 de agosto, desde a madrugada, 70 moradores da comunidade estão fechando a estrada de acesso e reivindicando que a empresa resolva o problema. Informamos que representantes da empresa Bons Ventos estão no local com a polícia estadual e municipal para retirar os manifestantes.

Há anos a comunidade tradicional de pescadores e marisqueiras localizada no Cumbe, a 12 km da sede do município de Aracati, situada no litoral leste do estado do Ceará (Brasil) é vítima da ocupação desenfreada dos mangues, lagoas e dunas. Porém há um ano, a comunidade passou a ser vitima da empresa Bons Ventos, responsável pela instalação de um Parque eólico sobre as dunas. Entre os problemas enfrentados pela comunidade, destaca-se a construção de uma estrada de acesso ao parque eólico. Além da poeira, agora as pessoas só podem sair de casa se atravessar um lamaçal que alcança a porta de suas casas. Os moradores afirmam que a lama chega até o joelho impedindo que as pessoas saiam de seus lares.

Durante muito tempo foi a criação de camarão em cativeiro (Carcinicultura) que ameaçou a segurança alimentar da comunidade destruindo os manguezais que garantiam o alimento para as famílias. Agora com a instalação dos parques de energia eólica da empresa Bons Ventos as dunas são desmontadas, lagoas soterradas, sendo a água retirada das lagoas por carros pipas para jogar na construção da estrada.

Rosa Martins
Instituto Terramar
www.terramar.org.br

CRÍTICA DE ARIANO SUASSUNA SOBRE O FORRÓ ATUAL

"Tem rapariga aí? Se tem, levante a mão!" A maioria, as moças, levanta a mão. Diante de uma platéia de milhares de pessoas, quase todas muito jovens, pelo menos um terço de adolescentes, o vocalista da banda que se diz de forró utiliza uma de suas palavras prediletas (dele só não, de todas bandas do gênero). As outras são 'gaia', 'cabaré', e bebida em geral, com ênfase na cachaça. Esta cena aconteceu no ano passado, numa das cidades de destaque do agreste (mas se repete em qualquer uma onde estas bandas se apresentam). Nos anos 70, e provavelmente ainda nos anos 80, o vocalista teria dificuldades em deixar a cidade.

Pra uma matéria que escrevi no São João passado baixei algumas músicas bem
representativas destas bandas. Não vou nem citar letras, porque este jornal é visto por leitores virtuais de família. Mas me arrisco a dizer alguns títulos, vamos lá:

Calcinha no chão (Caviar com Rapadura),
Zé Priquito (Duquinha),
Fiel à putaria (Felipão Forró Moral),
Chefe do puteiro (Aviões do forró),
Mulher roleira (Saia Rodada),
Mulher roleira a resposta (Forró Real),
Chico Rola (Bonde do Forró),
Banho de língua (Solteirões do Forró),
Vou dá-lhe de cano de ferro (Forró Chacal),
Dinheiro na mão, calcinha no chão (Saia Rodada),
Sou viciado em putaria (Ferro na Boneca),
Abre as pernas e dê uma sentadinha (Gaviões do forró),
Tapa na cara, puxão no cabelo (Swing do forró).

Esta é uma pequeníssima lista do repertório das bandas.

Porém o culpado desta 'desculhambação' não é culpa exatamente das bandas, ou dos empresários que as financiam, já que na grande parte delas, cantores, músicos e bailarinos são meros empregados do cara que investe no grupo. O buraco é mais embaixo. E aí faço um paralelo com o turbo folk, um subgênero musical que surgiu na antiga Iugoslávia, quando o país estava esfacelando-se. Dilacerado por guerras étnicas, em pleno governo do tresloucado Slobodan Milosevic surgiu o turbo folk, mistura de pop, com música regional sérvia e oriental. As estrelas da turbo folk vestiam-se como se vestem as vocalistas das bandas de 'forró', parafraseando Luiz Gonzaga, as blusas terminavam muito cedo, as saias e shortes começavam muito tarde. Numa entrevista ao jornal inglês The Guardian, o diretor do Centro de Estudos Alternativos de Belgrado, Milan Nikolic, afirmou, em 2003, que o regime Milosevic incentivou uma música que destruiu o bom-gosto e relevou o primitivismo estético. Pior, o glamour, a facilidade estética, pegou em cheio uma juventude que perdeu a crença nos políticos, nos valores morais de uma sociedade dominada pela máfia, que, por sua vez, dominava o governo.

Aqui o que se autodenomina 'forró estilizado' continua de vento em popa. Tomou o lugar do forró autêntico nos principais arraiais juninos do Nordeste. Sem falso moralismo, nem elitismo, um fenômeno lamentável, e merecedor de maior atenção. Quando um vocalista de uma banda de música popular, em plena praça pública, de uma grande cidade, com presença de autoridades competentes (e suas respectivas patroas) pergunta se tem 'rapariga na platéia', alguma coisa está fora de ordem. Quando canta uma canção (canção?!!!) que tem como tema uma transa de uma moça com dois rapazes (ao mesmo tempo), e o refrão é: 'É vou dá-lhe de cano de ferro/e toma cano de ferro!', alguma coisa está muito doente. Sem esquecer que uma juventude cuja cabeça é feita por tal tipo de música é a que vai tomar as rédeas do poder daqui a alguns poucos anos.

Ariano Suassuna

Observação:
O secretário de cultura Ariano Suassuna foi bastante criticado, numa aula-espetáculo, no ano passado, por ter malhado uma música da Banda Calypso, que ele achava (deve continuar achando, claro) de mau gosto. Vai daí que mostraram a ele algumas letras das bandas de 'forró', e Ariano exclamou: 'Eita que é pior do que eu pensava'. Do que ele, e muito mais gente jamais imaginou.

Realmente, alguma coisa está muito errada com esse nosso país, quando se levanta a mão pra se vangloriar que é rapariga, cachaceiro, que gosta de puteiro, ou quando uma mulher canta 'sou sua cachorrinha'. Aonde vamos parar? Como podemos querer pessoas sérias, competentes? E não pensem que uma coisa não tem a ver com a outra não, porque tem, e muito! E como as mulheres querem respeito como havia antigamente? Se hoje elas pedem 'ferro', 'quero logo 3', 'lapada na rachada'? Os homens vão e atendem.

Vamos passar essa mensagem adiante, as pessoas não podem continuar gritando e vibrando por serem putas e raparigueiros não. Reflitam bem sobre isso, eu sei que gosto é gosto... Mas, pensem direitinho se querem continuar gostando desse tipo de 'forró' ou qualquer outro tipo de ruído, ou se querem ser alguém de respeito na vida!

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

MAIS UM MORRE POR QUERER TERRA

Registro com imenso pesar. Até Quando?

Ademir Costa
Jornalista


NOTA PÚBLICA SOBRE O ASSASSINATO DE ELTON BRUM
PELA BRIGADA MILITAR DO RIO GRANDE DO SUL


O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra vem a público, manifestar novamente seu pesar pela perda do companheiro Elton Brum, manifestar sua solidariedade à família e para:

1. Denunciar mais uma ação truculenta e violenta da Brigada Militar do Rio Grande do Sul que resultou no assassinato do agricultor Elton Brum, 44 anos, pai de dois filhos, natural de Canguçu, durante o despejo da ocupação da Fazenda Southall em São Gabriel. As informações sobre o despejo apontam que Brum foi assassinado quando a situação já encontrava-se controlada e sem resistência. Há indícios de que tenha sido assassinado pelas costas.

2. Denunciar que além da morte do trabalhador sem terra, a ação resultou ainda em dezenas de feridos, incluindo mulheres e crianças, com ferimentos de estilhaços, espadas e mordidas de cães.

3. Denunciamos a Governadora Yeda Crusius, hierarquicamente comandante da Brigada Militar, responsável por uma política de criminalização dos movimentos sociais e de violência contra os trabalhadores urbanos e rurais. O uso de armas de fogo no tratamento dos movimentos sociais revela que a violência é parte da política deste Estado. A criminalização não é uma exceção, mas regra e necessidade de um governo, impopular e a serviço de interesses obscuros, para manter-se no poder pela força.

4. Denunciamos o Coronel Lauro Binsfield, Comandante da Brigada Militar, cujo histórico inclui outras ações de descontrole, truculência e violência contra os trabalhadores, como no 8 de março de 2008, quando repetiu os mesmos métodos contra as mulheres da Via Campesina.

5. Denunciamos o Poder Judiciário que impediu a desapropriação e a emissão de posse da Fazenda Antoniasi, onde Elton Brum seria assentado. Sua vida teria sido poupada se o Poder Judiciário estivesse a serviço da Constituição Federal e não de interesses oligárquicos locais.

6. Denunciamos o Ministério Público Estadual de São Gabriel que se omitiu quando as famílias assentadas exigiam a liberação de recursos já disponíveis para a construção da escola de 350 famílias, que agora perderão o ano letivo, e para a saúde, que já custou a vida de três crianças. O mesmo MPE se omitiu no momento da ação, diante da violência a qual foi testemunha no local. E agora vem público elogiar ação da Brigada Militar como profissional.

7. Relembrar à sociedade brasileira que os movimentos sociais do campo tem denunciado há mais de um ano a política de criminalização do Governo Yeda Crusius à Comissão de Direitos Humanos do Senado, à Secretaria Especial de Direitos Humanos, à Ouvidoria Agrária e à Organização dos Estados Americanos. A omissão das autoridades e o desrespeito da Governadora à qualquer instituição e à democracia resultaram hoje em uma vítima fatal.

8. Reafirmar que seguiremos exigindo o assentamento de todas as famílias acampadas no Rio Grande do Sul e as condições de infra-estrutura para a implantação dos assentamentos de São Gabriel.

Exigimos Justiça e Punição aos Culpados!

Por nossos mortos, nem um minuto de silêncio. Toda uma vida de luta!

Reforma Agrária, por justiça social e soberania popular!

Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra

www.cepdh.blogspot.com - cepdh@correios.net.br

NOTA PÚBLICA

O Centro de Estudos, Pesquisa e Direitos Humanos (CEPDH) manifesta sua indignação à ação da Brigada Militar do estado do Rio Grande do Sul na desocupação da Fazenda Southal, que resultou na morte de Elton Brum da Silva, além de dezenas de pessoas feridas, na manhã do dia 21 de agosto de 2009, em São Gabriel.

O CEPDH manifesta seu apoio e solidariedade aos integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e à família de Elton Brum da Silva e todos/as os/as feridos/as, manifestando-se ainda contra a criminalização dos movimentos sociais que está em prática no Rio Grande do Sul

A forma agressiva e truculenta da ação da Brigada Militar é inaceitável, pois reflete uma agressão à democracia e aos que se organizam para lutar por seus direitos fundamentais.

É de extrema importância que o relacionamento da sociedade com as forças da ordem seja marcado pelo respeito, e não pela agressão (como é próprio nos regimes ditatoriais).
Assim, esperamos que haja das autoridades competentes uma rigorosa investigação e punição dos responsáveis diretos e indiretos, com a maior brevidade.

Caxias do Sul, 21 de agosto de 2009.

Centro de Estudos, Pesquisa e Direitos Humanos – CEPDH

domingo, 23 de agosto de 2009

Solidariedade à Profa. Vanda Claudino Sales

Professores da Universidade Federal do Ceará e Sociedade Brasileira pelo Progresso da Ciência Manifestam-se Solidários à Profa. Vanda Claudino Sales, contra quem foi instaurado processo no Crea-Ce. Tudo porque a professora emitiu parecer favorável à preservação da dunas do Ceará em processo legislativo na câmara municipal de Fortaleza para a criação da Area de Relevante Interesse Ambiental Dunas do Cocó. As conversas reproduzidas a seguir dão ideia do caso.

Queridos e queridas colegas ambientalistas e professores:

Hoje é um (mais um) dia histórico!! Hoje, dia 23 de agosto de 2009, a Associação dos Docentes da Universidade Federal do Ceará - ADUFC e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência-SBPC somam-se, de público, à causa da defesa das dunas do Cocó, exalando compromisso com a causa ambiental em geral, em defesa da qualidade de vida dos fortalezenses e da preservação do meio ambiente! Para além, as duas entidades vêm dar um apoio público fundamental, ABSOLUTAMENTE EMOCIONANTE E CONFORTADOR, para
um membro das casas que vem exercendo o seu dever e o seu direito de, enquanto servidor público federal (portanto, "funcionário da sociedade, à serviço da sociedade'), tranferir conhecimentos que foram sendo acumulados ao longo do tempo pelo suporte dessa sociedade para o uso, o usufruto e o desenvolvimento do bem comum! Essa atitude tem implicações muito maiores do que a importantíssima questão pontual que estamos vivenciando (defesa das dunas do Cocó, defesa do direito de um professor universitário de se pronunciar em tema de sua especialidade), pois reafirma, de maneira inequívoca, o papel da universidade na vida social, e a necessidade de preservação ambiental para a construção de uma vida mais digna. Tenho
certeza que tod@s vocês, ao lerem o jornal O POVO de hoje, na página quatro do caderno de política (vejam arquivo em anexo), sentirão, igualmente, a emoção que sinto nesse instante!

Assim, digo em meu nome, e, tenho certeza, em nome de tod@s nós, ambientalistas e professores, que dedicamos parte da nossa energia produtiva nessas causas: OBRIGADA, ADUFC E SBPC! PARABÉNS, ADUFC E SBPC!

Convido a tod@s a darem a divulgação que o caso merece, nas listas de e-mails, através de contatos da mídia, na conversa com amigos: as boas atitudes precisam, precisam, precisam ser alardeadas!!

Grande abraço a tod@s, bom domingo!

Vanda Claudino Sales

Vanda, Dr. João Alfredo, Nayana, e amigos nesta luta,

que boa notícia! É maravilha mesmo!
Tenho acompanhado as mensagens todas referentes à liminar vitoriosa, a partir da Ação proposta pelo Vereador Carlos Mesquita. E, como outros já avaliaram, não parece algo somente desse Vereador, que a gente já sabe como se comporta. Mais dias, menos dias, vai ser revelado o que e quem mais estão por trás.

Gostei muito das buscas na internet, sobre situações judiciais semelhantes e os encaminhamentos já inclusive, vitoriosos. É um possivel caminho. Fiquei imaginando se não seria bom escutar a opinião do Dr.Dalmo Dalari, já que o Dr.João encontra-se em São Paulo.

Um abraço e até à VITÓRIA!

Maria Amelia

Minha querida Vanda, isto é muito bom, tanto para sua defesa, quanto
para a defesa ARIE do Cocó.
Um abraço,
Fatinha Carvalho

Que boa notícia Profª Vanda,

Parabéns a você também, pelo belíssimo trabalho em prol do meio ambiente como um todo. E, em especial a ADUFC E A SPBC, que a meu ver ja era para ter comprado essa briga, pois, acredito que ambas estão a serviço do povo e das questões ambientais.
Mais uma vitória para todos nós!

Um abração!
João Luís
Cumbe - Aracati

Excelente, Vanda!
Esta é a universidade que conheci ainda em tempos da ditadura e admirei por sua resistência! Esta é a Adufc que se posicionou do lado da sociedade ao ser criada como Andes e que mereceu a adesão e o apoio da juventude! Estes são os professores realmente sacerdotes (no dizer de Rui Barbosa), por serem pontes -- pontífices -- entre a ignorância e o saber, entre a treva e a luz, "funcionários da sociedade, a
serviço da sociedade"!

Em contraposição, que tristeza ver um vereador, em tese "representante do povo", colocar-se a serviço de oligopólios, isto é, "de poucos", em detrimento "da coletividade" (Art. 225 da Constituição de 1988). E o Crea? Não deveria agir no interesse dessa mesma coletividade? O Crea é obrigado a receber e levar adiante este tipo de representação? (Não sei como funciona o Crea, daí minhas perguntas, pois gostaria de ser esclarecido. Em outras palavras: uma representação em princípio
desarrazoada deve ser levada adiante pelo Crea?)

Apesar do lado de decepção, proponho nos determos no lado luminoso: alegria pelas entidades que assumem seu papel realmente republicano! Neste país, "a coisa pública" tem sido tão colocada de lado que precisamos, como pede Vanda, publicizar o que de ético ocorre. É ético o que promove o que é de todos.

Um ecoabraço luminoso.

Ademir Costa
Jornalista/Movimento Proparque

"Morena Marina, Você se Pintou"

Rola na internet. Desconheço a autoria. Como recebi divulgo, por levar a pensar

Marina, você faça tudo, mas faça o favor. Não mude o discurso da ética, que é só seu. Marina, você já é respeitada com o que Deus lhe deu. O povo se aborreceu, se zangou, e cansou de falar. Lula e Dilma estão de mal com você e não vão perdoar. Mas o eleitor não poderia arranjar outra igual para embaralhar o jogo sonolento da sucessão em 2010. Ao menos num dos turnos, vamos discutir princípios e fins. E principalmente os meios.

Nem em suas orações diárias Maria Osmarina Marina da Silva Vaz de Lima sonharia provocar tanto medo antes mesmo de decidir trocar o PT pelo PV. Nascida no Acre, filha de seringueiros migrantes cearenses, analfabeta até os 16 anos, aprendeu a ler quando trabalhava como empregada doméstica. A mãe tinha morrido. Pelo Mobral, fez em quatro anos o primeiro e o segundo graus. Contraiu cinco malárias, duas hepatites. Formou-se em história. Queria ser freira, mas virou marxista. Hoje é evangélica. Tem quatro filhos. Foi a mais jovem senadora do Brasil, aos 35 anos.

Lula a nomeou ministra do Meio Ambiente. Cinco anos depois, saiu derrotada e desgastada. Ao pedir demissão, citou a Bíblia: “É melhor um filho vivo no colo de outro”. O filho era a política ambiental. Ela tinha brigado com outra mãe cheia de energia, a do PAC.

Católicos como Frei Betto e Leonardo Boff receberam telefonemas de Marina na semana passada. Ela falou de desenvolvimento sustentável, de vida, de humanidade, da terra.

O mais forte cabo eleitoral de Marina, neste agosto, se chama José Sarney – e tudo o que ele representa. O país ficou desgostoso com o presidente do Senado, suas mentiras inflamadas na tribuna, seu sorriso bonzinho de avô da República – e com o apoio incondicional de Lula ao maranhense. O nome Marina, sussurrado, ganhou a força da natureza no olho do furacão em Brasília.

O ex-ministro José Dirceu escreveu que o mandato da senadora “pertence ao PT”. Marina disse que já enfrentou madeireiros, fazendeiros, cangaceiros: “Com certeza o Zé (Dirceu) não fez isso para me intimidar; não faz parte do caráter dele”.

O outro forte cabo eleitoral de Marina é a ministra Dilma Rousseff, pela falta de carisma. Marina não ameaçaria tanto se a ministra do crescimento tivesse conquistado o país ou ao menos seu próprio partido. Não se nega o valor pessoal de Dilma, mas seu nome foi imposto. Lula botou na cabeça que vai eleger seu poste. “Da campanha da Dilma cuido eu”, teria dito a um cacique do PT paulista.

As baratas todas voaram. Quem tem amigos como o deputado federal Ciro Gomes não precisa de inimigos. Lula chegou a apostar nele para o governo em São Paulo. Mas Ciro quer outros voos: foi o primeiro a dizer que Marina “implode a candidatura de Dilma”... “uma persona política em formação”...“que foi obrigada a defender Sarney”.

Dilma pediu a Marina que ficasse. “Estou triste. Preferia que ela continuasse no PT porque é uma grande lutadora.” Vocês acreditam? A ministra já esqueceu as rixas com a ambientalista que botava areia nas hidrelétricas? Depois, Dilma mudou o tom: “Eu sempre acho que quanto mais mulher melhor”. É mesmo?

Dilma é vista como “a mulher do Lula” – a massa ainda não conseguiu decorar seu nome. Lula ergueu a mão da mãe do PAC nos palanques país afora e disse que o Brasil está preparado para “uma mulher na Presidência”.

Lula só não esperava que uma sombra austera de saias emergisse da floresta. Com seu fundamentalismo, a fé, as convicções, a integridade, a coerência em 30 anos de PT. Sem dedo em riste. É muita ironia. E na mesma semana em que Lula dá uma rádio para o filho de Renan Calheiros, outro senador que “obra e anda” para a opinião pública.

O maior trunfo de Marina não é ser mulher nem petista de raiz ou defensora do verde. Ninguém supõe hoje que ela possa ser eleita presidente sozinha, contra as duas máquinas. Mas sua biografia e as frases recheadas de atitude – “perco o pescoço mas não o juízo” – entusiasmam os desiludidos.

Marina Silva obriga tanto Dilma quanto o tucano José Serra a se perguntar: como combater quem fala, baixo mas firme, a sua própria verdade?
--
Do filósofo Jose Ortega Y Gasset:
“Desses esforços é a linguagem que consegue às vezes declarar com maior aproximação algumas das coisas que acontecem dentro de nós. Apenas. Mas, habitualmente, não usamos estas reservas. Ao contrário, quando o homem se põe a falar, isto faz porque crê que vai poder dizer tudo que pensa.
Pois bem, isso é o ilusório.
A linguagem não dá para tanto. Diz, mais ou menos, uma parte do que pensamos e põe uma barreira infranqueável é transfusão do resto. Serve bastantemente para enunciados e provas matemáticas; já ao falar de física começa a ser equívoco e insuficiente. Porém quanto mais a conversação se ocupa de temas mais importantes que esses, mais humanos, mais "reais", tanto mais aumenta sua imprecisão, sua inépcia e seu confucionismo. Dóceis ao prejuízo inveterado de que falando nos entendemos, dizemos e ouvimos com tão boa que acabamos muitas vezes por não nos entendermos, muito mais do que se, mudos, procurássemos adivinhar-nos.
Esquece-se demasiadamente que todo autêntico dizer não só diz algo, como diz alguém a alguém. Em todo dizer há um emissor e um receptor, os quais não são indiferentes ao significado das palavras.

sábado, 22 de agosto de 2009

Ganhe Dinheiro com Eletrônicos Usados

MP3s, iPods, celulares e câmeras digitais... representantes clássicos da era consumista que vivemos! Praticamente todos têm, ou querem, um. Mas e depois que a data de validade desses eletrônicos passa? Ou quando surge uma tecnologia mais avançada e aposentamos nossos aparelhos antigos? O que fazer com eles?
Segundo estudos, na Inglaterra, só 11% dos celulares são reciclados, o que significa que, por ano, cerca de 20 milhões de aparelhos são jogados em aterros ou nos fundos das gavetas. Tudo isso em apenas um país! É muito lixo e, por isso, o Royal Mail, serviço postal nacional do Reino Unido, se uniu com algumas ONGs inglesas para fundar o movimento Simply Drop!
A ideia do programa é simples: você entra no site do projeto (http://www.simplydrop.co.uk/getrecycling), cadastra seus eletrônicos usados e pede um envelope verde. Em alguns dias, você receberá o cartão na sua casa (que já vem com a postagem paga) para colocar o aparelho lá dentro e mandar de volta para o Simply Drop, rumo à reciclagem. Tem jeito mais simples de ser ambientalmente correto?

Prefeita Desapropria Raízes da Praia

De: Igor Moreira

Caros amigos e companheiros. Esta semana recebemos a informação vinda do presidente da Habitafor, Roberto Gomes, de que a Prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, assinou o decreto de desapropriação do terreno da Raízes da Praia. Estamos cientes que a luta continua e que a organização terá que se fortalecer ainda mais, já que o Grupo Otoch não concorda com o valor pago e pode reagir de alguma forma. Porém, cada vitória é um alimento para a luta, por isso iremos comemorar neste sábado o importante passo que foi dado na construção da comunidade Raízes da Praia. Todos/as que ajudaram ou torceram estão convidados a compartilhar este momento. A programação será a seguinte:
Manhã: esporte e lazer; feijoada.
Tarde: a partir da 16hs Celebração, apresentações culturais.

PS. Queremos que os companheiros do MCP e amigos tomem parte dos jogos e das apresentações (quem tiver algo a apresentar como música, teatro, dança será bem vindo).

APOIO DA INDIGENISTA MARIA AMÉLIA
Igor, caro amigo,
tenho acompanhado desde o inicio esta luta de vocês. Mais de uma vez
tive vontade de estar aí e até convidei amigos que têm carro para visita-los mas acabou nunca dando certo.
Fiquei muito feliz com a notícia da desapropriação, na verdade uma
grande vitória, ainda que se possa imaginar que não vai ser tão fácil a concretização desse ato da prefeita. Mas foi importante para um
reforço nessa luta, algumas vezes tão brava. Valeram a coragem, a
persistência, a fé, a organização e a solidariedade de tantos, mesmo quando parecia quase impossível.

Parabéns a vocês todos, parabens de apoiarem a decisão corajosa das
famílias nesse enfrentamento tão desigual. O simbolismo do nome que escolheram para identificação de sua organização é revelador de muitas coisas mais. Uma maravilha!

Atualmente a luta dos indigenas no Ceará, por suas terras tradicionais, está sendo premiada, depois de quase dez anos de resistência, com a vinda de quatro Grupos
Técnicos-GT, da FUNAI de Brasilia, para os estudos de identificação e delimitação das terras tradicionais de Povos que enfrentam conflitos sérios, como os Anacé em São Gonçalo do Amarante e Caucaia, e também os Tremembé em Itapipoca, também
resistindo bravamente à empresa Nova Atlântida. É um momento dificil, muito dificil. As estratégias de enganação, de divisão entre as famílias, de medo, são aoarentemente irresistíveis.

Estamos torcendo para que a vitória também aconteça para esses Povos.
As lutas aí, lá, são importantes e precisam ser partilhadas entre esses povos. Espero que mais adiante vamos ter alguma condição de, repetindo a luta do Dragão do Mar, podermos nos juntar, todos os lutadorfes numa luta só.

Recentemente tivemos a audiência pública na Assembléia Legislativa, sobre o Zoneamento Ecológico e Econômico do litoral, e a proposta do governo para regulamentar toda essa faixa das praias do Ceará. Foi pena vocês não estarem lá. A pretensão desrespeita toda a vida que ainda resiste e que precisa ser reforçada
para sobreviver com dignidade. A luta continua.

Desejo a vocês todos uma festa de muita força e muita vida, sobretudo
para os lutadores da Raizes da Praia.
Um grande abraço. Agradecida a Ercília pela comunicação fiel e
decidida. Valeu!
Maria Amélia

MANIFESTAÇÃO DO MOVIMENTO PROPARQUE

Prezada Ercília, Prezado Igor,

Parabéns pela vitória inicial. Sabemos que vocês ainda têm muita luta
pela frente, porém esta medida transmite ânimo para a continuação das
reivindicações e das pressões de vocês. Em frente!
Convido vocês para virem ao nosso Luau no Parque Ecológico Rio Branco
dia 4 de setembro, 19h em diante. Na ocasião, vocês poderiam falar de
sua luta e dizer da vitória. Acho que é o tipo de apoio que nosso
Movimento Proparque pode dar, no sentido de vocês terem mais
solidariedade do povo de Fortaleza. Fica a proposta.
--
Ademir Costa

Populares Ocupam Fundação Habitacional

Texto do Movimento dos Conselhos Populares

Manifestantes da Frente Nacional de Movimentos Urbanos - FNMU organizados no Movimento dos Conselhos Populares - MCP ocupam Fundação Habitacional de Fortaleza no Ceará


No dia 14 de Agosto de 2009, por volta das 12:30 horas, cerca de cento e vinte miltantes do Movimento dos Conselhos Populares – MCP, num ato-denúncia contra a especulação imobiliária e da ação dos grandes grupos econômicos, ocuparam a entrada da sede da HABITAFOR (FUNDAÇÃO HABITACIONAL DE FORTALEZA), exigindo a agilidade no cumprimento das pautas de moradias dos seus núcleos e a desapropriação de área para fim de moradia.

O movimento vem reunindo-se com a Fundação, apresentando as suas demandas sobre habitação há mais de dois anos sem nenhum retorno concreto do poder público. Uma das pautas mais recentes e urgentes é a da ocupação RAÍZES DA PRAIA onde o movimento exige a desapropriação do terreno que é reivindicado pelo grupo Otoch. Este grupo por duas vezes durante o mês Julho utilizou-se de milícias particulares para tentar desalojar os ocupantes do terreno.

Outra reivindicação é a dos moradores da comunidade CHICO MENDES que encontra-se ameaçada pelo grupo Edson Queiroz. Este grupo tenta construir um muro, separando a comunidade do acesso à via pública e do acesso ao espelho d'água da Lagoa do Colosso (que o Grupo utiliza para fins privados). A comunidade sofre agressões por parte de seguranças privados do grupo, inclusive com ameaças, tiros nas casas, apreensão de bicicletas, espancamento. Os principais atingidos por estas barbaridades são os jovens e crianças da comunidade.

Na jornada de luta o MCP fez uma série de manifestações: na sexta-feira dia 07/08 o movimento fez uma manifestação na frente da loja Otoch da praça do Ferreira; no dia 12/08 quarta-feira o movimento fez outra ação na sede da Prefeitura; no dia 14/08 o movimento participou da ocupação da COELCE e realizou a ocupação na Habitafor (Fundação de Habitação de Fortaleza).

O MCP continuará organizando a luta pela moradia popular, contra a remoção de população pobre, contra os grandes grupos que especulam com as terras da cidade de Fortaleza, pela desarticulação das milícias armadas que agem de forma livre nesta cidade e contra a criminalização d@s lutador@s sociais.

Mais um passo à frente!
Nem um passo atraz!
A luta pela terra é o povo quem faz!

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Viana em Fotos

Fotos tomadas no dia 24 de julho de 2009, em Viana e em Itapecuru.


















segunda-feira, 3 de agosto de 2009

A Gripe Atacou Televisões e Jornais

Tanto assunto no mundo da saúde e os jornais, televisões e rádios brasileiros, agora, atacados por esse sensacionalismo em torno da tal Influenza A, subtipo H1N1, ou, simpesmente, gripe suina. Tanta gente morrendo de verminose, impaludismo, febre amarela, tuberculose, dengue, FOME, aos milhões, e esse frenesi todo em busca de cada novo caso da gripe suina! Até parece que câmaras, microfones e bloquinhos de nota estão com sensores para detectar onde ocorre mais um caso. Até parece que a indústria de máscaras, luvas e sabões está por traz dessa motivação toda, pois um refrão se repete a cada cobertura: use máscara, use luvas, lave as mãos. Até parece que o objetivo é o Brasil comprar uma grande partida de vacina a um laboratório internacional. Publicada essa notícia, a tempestade passará. A conferir.

De positivo, e sempre fica algo positivo -- mesmo do bojo de algo motivado por interesses escusos -- de positivo a melhoria dos hábitos de higiene. Afinal, as precauções recomendadas nunca fazem mal. Entretanto, nas imagens tomadas por nossas televisões nos países desenvolvidos, ainda não vi as pessoas de máscaras nas ruas. Vai ver que lá elas estão desinformadas do "perigo iminente", coitadas. Ou se trata, simplesmente, de um pessoal mal educado? Por enquanto, a população brasileira ainda não usa máscara nos grandes agrlomerados. Apesar de tão bem informada. Das quatro, duas: ou é um povo que não tem jeito mesmo, ou está se comportando como o pessoal civilizado do menisfério Norte, ou não tem dinheiro, ou, sabiamente, desconfia da seriedade de nossa mídia... e não lhe dá crédito.

Ademir Costa