segunda-feira, 27 de julho de 2009

A Cidade de Viana Continua Linda!

O RIO DE JANEIRO QUE SE CUIDE...

Na falta de um relato maior, que não me atrevo a fazer, pois estou com lesão por esforço repetitivo (LER) nas mãos, transcrevo aqui os e-mails que trocamos, eu e amigos vianenses, enquanto eu e Luísa estávamos em São Luís do Maranhão e após meu retorno.
Boa leitura!

-------------------------

De: Ademir costa, 26.07.09:

João, Fátima, Ana Célia e Luís Carlos,
Demais Estudantes e Amigos Vianenses!

Chegamos bem, em Fortaleza, há uns 90 minutos. Tudo em ordem, em casa. Na viagem, leitura daquele folheto sobre o Maranhão (com suas maravilhas) como o segredo do Brasil. Já está na mesa da sala, para conquistar e extasiar quem chega a nossa casa.

Foi uma viagem maravilhosa, pela minha experiência pessoal e pelo fato de Luísa ter gostado de Viana, do mar de água, e de ter conhecido Pe. Morais e Pe. Eider que a ela impressionaram bem. Sabe como é: para nós, Viana é importante, eu sempre falei pra ela com entusiasmo. Havia em mim, porém, a apreensão de ela chegar lá e não achar Viana "essa brastemp toda".

Entramos no prédio ocupado antes pela Fraternidade Dom De Angelis, olhamos para a (quase) mesma paisagem do lago. Não é a mesma porque a formação das nuvens e os tons de luz nunca são iguais nem de um dia para o outro, imagine três décadas depois. Entramos no Seminário. João deixou escapar uma exclamação a traduzir emoção, alegria, surpresa de ver a imagem quase totalmente preservada.

O bairro da igreja brasileira, irreconhecível: é outra cidade! Você vai ficar chocado com este lado irreconhecível de Viana, exatamente por novo demais. Outra Viana. Aliás, Viana hoje é assim: a antiga preservada em seus traços gerais e com alguns retoques; e seu antigo subúrbio reformado (melhorado, urbanizado), seguido de uma extensão que constitui a cidade nova.

Cada vez que viajamos para o Maranhão conhecemos gente boa. Dessa vez, Geusa e Altervir. Ela de Penalva, ele de Viana. Que casal legal! E a Lúcia Helena que antes era amiga só da Ana Célia, mas agora é nossa também. Dessa forma, o círculo vai crescendo. Pra melhor.

Um toque de pena: a degradação ambiental perceptível aqui e ali, na cidade. Dificilmente seria diferente, não? Mas ainda há tempo para fazer muito em termos de preservação da cidade original e de seus recursos naturais.

Pe. Moraes permanece o mesmo: jeitão calmo, o mesmo olhar de bondade, o semblante a demonstrar cansaço por tantos afazeres -- mais de 100 comunidades na paróquia! Impossível um padre dar conta. É ele e apenas um auxiliar, pelo que entendi. Achei ele muito satisfeito na missão e demonstrou alegria com nossa presença. Ele e João Sousa, que participaram da mesma Fraternidade, bateram papo animado. É muito bom a gente encontrar um ex-colega, hoje padre, de bem com a vida. Acho que é o maior prêmio para o Pe. Vitório e para o Pe. Mário e para quantos contribuíram para a formação mesmo nossa que não chegamos ao sacerdócio. Para vocês acrescentarem em sua lista, aqui o e-mail de Pe. Moraes: moraescomjesus@hotmail.com. O endereço postal dele está na relação anexa.

Abração a todos e todas.

Ademir Costa
--------------------------

De JORGE BENEDITO SILVA
26.07.2009

Prezado Ademir, que bom que ter alguém que vê Viana por outro ângula. Só sabemos botar defeitos e não vemos o que tem de bom. Nisto eu me incluo. Não temos um metro de esgoto, mosquitos para todos os lados, enfim são problemas de cidades de interior, mas o importante você viu, a belaza natural da cidade, dos lagos.
O bairro ao qual você se refere, onde tem a igreja brsileira, é onde nasci, chama-se Barreirinha. Minha casa fica exatamente atrás da igreja.
Neste final de semana estava em Sorocaba - SP, fui assistir ao casamento do filho de uma amiga vianense, (Luzia de Totó de Irene), não sei se você chegou a conhecer. É uma amiga da infância, foi muito legal.
Um grande abraço, quando vieres a Brasília, não esqueça de que a casa está à disposição.

JORGE BENEDITO SILVA
Administrador
--------------------------

De Ademir Costa para JORGE, 27.07.09

Amigo Jorge,

Certo é que a verdade tem vários ângulos. Cada visão enfoca um ângulo dela. Nenhum de nós está errado. Nossas visões se completam. Ressaltei o positivo, a beleza natural, mas mostrei meu espanto frente ao "outro lado" que você destacou, quando escrevi: "Um toque de pena: a degradação ambiental perceptível aqui e ali, na cidade. Dificilmente seria diferente, não? Mas ainda há tempo para fazer muito em termos de preservação da cidade original e de seus recursos naturais".

Não conheci a senhora a que você se refere (Luzia de Totó de Irene). Aliás, guardo poucos nomes dos moradores de Viana, além dos que foram meus professores (Sou muito bom de fisionomia). É que o seminário não nos permitia maior convivência com as pessoas da cidade. Havia um certo "fechamento". Apesar de eu ser "dos maiores" e ter participado da campanha pela estrada, o que me deu chance de interagir com muitos vianenses. Há, porém, uma deficiência de meus neurônios -- kkk. É a dificuldade de guardar nomes.
Minhas felicitações aos nubentes. O casamento é a festa da vida, a renovação da promessa de que a vida continuará.
Jorge, será um prazer conhecê-lo e conversarmos em Brasília. Ainda não sei quando, mas a oportunidade vai chegar, com certeza.

Abração, meu grande.

Ademir Costa
-----------------------------------------

Em 25/07/09, Pe. Luis Carlos Sousa escreveu:

Fico feliz em saber que está indo tudo bem, particularmente pela ida a Viana... Agora uma coisa: ir a Viana e não comer peixe (mesmo já tendo peixada superabundante na casa do João; Fatima e da Geusa) é mesmo que ir a Roma e... Em todo caso, fica em aberto a necessidade de ir outra vez e comigo também!
Que esse seja mais um momento feliz e abençoado na vida de voces!

Luis Carlos
-------------------

Em sex, 24/7/09, Luísa Vaz escreveu:

Oi, Lula,
Que pena você não estar aqui na casa da Geusa! Estamos nos deliciando com uma mesa farta, dez centavos de cerveja e muita conversa boa. Ela é simplesmente o máximo em simpatia, delicadeza e alegria. O esposo e os filhos também. Conhecemos a mãezinha centenária que mora com ela...

Sobre Viana, meu Deus que passeio! Foi o melhor que fiz nos últimos tempos. Fomos em todos os passos de vocês e eu me emocionei ao ver padre Heider, velhinho e doente, mas muito lúcido e bem humorado. Adorei o mundo de água, as paisagens, os prédios velhos. Pena que não comi peixe...não tinha, acredita? Em compensação, na casa da Fátima tem peixe pra todo lado. O ruim é que já engordei feito balão, justo agora que estava de visual novo, mais magra (depois de muito pisar o chão do parque, volto ao ponto zero), mas quando chegar lás em casa volto pra disciplina.

Estou muito feliz aqui. Queria pegar minhas tralhas e me mudar pra cá...

E tu, como estás, além de muito invejoso de nós? Pois agora, ao sairmos daqui, iremos ver os bois, quando serei miolo, como prometido. Duvida? Pois mandarei as fotos!

Abraços,
Luísa
--------------------

De: Ademir Costa:

Grandes amigos,
Dia 23, pela manhã, passeamos de barco no lago de Viana. Depois, entramos na igreja de São Benedito, na sede do sindicato (antiga casa da Fraternidade Dom De Angelis) e no seminário. Ah, quanta emoção, rever tudo aquilo!

Eu e Luísa estamos hospedados na casa de João Sousa, em S. Luís, onde ficaremos até domingo. Bem, domingo, gostaríamos de almoçar juntos, na casa de Ana Célia (conjunto Cohatrac II). Quem quiser dar-nos a alegria da presença e engrossar o grupo, ligue para o João, para a casa dele ou para o celular. Claro, pode ligar também para a Ana Célia.

Abração pra vocês.

Ademir Costa
-------------------

De: João Maria Araújo dos Santos
Ok! Ademir, bom dia!

1. Obrigado pela remessa. Fico feliz em saber do encontro dos nobres colegas estudantes da bela e inesquecível Viana! Viana eternizada em nossas memórias e passageiras existências... Viana que comporta um mundo de lutas incompreendidas, e de trabalhos e conquistas inacabadas...
E as fotos? Se forem publicadas, onde estarão? (Não localizei no blog. Ou eu não soube procurar?)

2. Em que ficou aquela conversa na casa do João Sousa, havida em 31 de dezembro de 2007, postada em ? Aconteceu algo de lá para cá?

Atenciosamente,
João Maria.
----------------------

De: Ademir Costa para João Maria

João Maria,

Concordo com suas palavras sobre Viana. Você diz: Viana que comporta um mundo de lutas incompreendidas, e de trabalhos e conquistas inacabadas.... Nas incompreendidas e inacabadas, coloco a obra de Pe. Vitório Luchesi, Pe. Mário Cuomo e Dom Hélio Campos.

O negócio é o seguinte: fomos a Viana e almoçamos juntos hoje, na casa de Célia. Era para ser um encontro de mais dos nossos com Viana. Por uma série de fatores, fomos só eu, João e Célia, com nossas esposas e familiares. Menos que em 1999, quando lá chegaram também Dona Benedita e, por coincidência, Antonio 2º. Menos que em 2007, na casa do João.

Este ano, João Sousa ficou de fazer os contatos com a devida antecedência, convidando e estimulando o encontro. Ele foi deixando para amanhã e analisamos que não dava mais para chamar para ir pra Viana. Fiz, então, aquela mensagem, avisando do almoço e dizendo que, quem quisesse e pudesse ir, entrasse em contato com João e/ou Célia. Estava em cima da hora, muita gente já comprometida com família e passeios ou até mesmo com trabalho e estudo. É o que imagino.

Quanto às articulações a partir de 31 de dezembro de 2007:

1. Fiz o contato (conforme me comprometera) com a organização do Congresso de Viana, propondo a discussão sobre D. Hélio e os italianos, sua influência sobre Viana 40 anos depois. Silêncio total. Faltando mais ou menos 15 dias para o congresso, recebo um convite para o evento. Seria realizado uma semana antes da data inicialmente prevista. Nenhuma palavra sobre a mesa proposta. Compromissos no emprego me impediam de ir para o congresso na nova data.

2. Depois daquele nosso grande encontro na casa de praia do João: fiz comunicação com todos. Você até deu a idéia de criarmos uma lista, uma página, algo do gênero, lembra? Repassei a todos a sua ideia. Nenhuma resposta. Fui descobrindo mais pessoas (Lagoa, Ernandes, outros) e colocando no rol de endereços e e-mails, sempre atualizando-o.

3. Você é o único que acusa de imediato o recebimento das mensagens. Dos colegas de Brasília e Rio, vez por outra, uma reação. Lagoa comunica-se, comenta postagens do blog. Acho que internet é um meio um tanto frio para essa articulação. João Sousa acha que a própria mensagem do seminário contra amizade particular prejudicou o desenvolvimento de amizades consistentes entre nós. Dessa forma, estaríamos agora tentando criar laços de amizade a partir daquele relacionamento "artificial' dos tempos de seminário. A pouca reação até aqui poderia ser explicada por aquela "artificialidade". Essa certamente é parte da explicação. Haverá, a meu ver, outros fatores para além de nossa deficiência na articulação via internet. Trabalheira ("...mas é preciso viver e viver não é brincadeira, não", como diz a música), falta de grana, distância para os que moram no Rio, Brasília, Teresina, Timon, Santa Inês e Itapecuru, por exemplo, compromissos com a família, o(a) cônjuge pode não aprovar a ideia, e... falta de "saco" mesmo -- kkk! Dos nossos colegas, alguns podem estar com outra fé, ou serem ateus, ou revoltados com aquela experiência, ou impossibilitados, apesar da vontade de ir, sei lá...

4. Deixei de mandar aquelas cartas circulares. É trabalhoso e pensei não ser adequado a iniciativa partir sempre de mim. Depois de tomar a frente várias vezes, esperei iniciativas de outras pessoas. Ainda espero por essas iniciativas.

5. De minha parte, pretendo continuar dando o estímulo para essa "conversa" via e-mail, a encontros, passeios, eventos em que possamos nos encontrar. Acho legal. Preservo os aspectos essenciais de nossa fé. No seminário não molestei ninguém nem fui molestado. Guardo uma das mais belas lembranças de minha vida. Alguns considero como verdadeiros amigos, embora não saiba se para eles sou ou fui amigo. Dos demais colegas e da situação global do seminário e da Escola, guardo lembranças boas. Então, estou tranquilo.

6. De você, conservo a lembrança do cara sério mas nunca chato, brincalhão na medida certa, respeitador dos colegas, ascético sem ser carola, estudioso, inteligente, portador do grande ideal de uma comunidade realmente amiga, aberta, fraterna. Eu tinha convicção de que você seria padre, e dos bons. Não nos tornamos padres, não há prolema. Podemos ser cristãos no mundo, cidadãos diferenciados.

7. Você é um dos caras que foram e são amigos para comigo. Esta é a relação que me prende a você: um colega que demonstrou grande consideração e respeito por mim em várias oportunidades.

Sobre as fotos: vou pedir ajuda de minha filha para transferi-las da máquina para o computador. Enviarei em seguida. Para todos. O Blogspot é muito lento ao anexar fotos. Entra aí a falta de tempo.

Sobre mim: comecei este ano o mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente, na Universidade Federal do Ceará. Ao me aposentar no Banco do Nordeste do Brasil (BNB), pretendo atuar na área ambiental, embora eu ainda nem saiba como. Ainda não está claro. Talvez eu permaneça trabalhando na base do voluntariado. Se minha aposentadoria for muito reduzida, procurarei ganhar "algum", mesmo quando andar de bengala... kkk.

Desculpe pelo relato e comentários tão extensos. Estou de férias. É isso. Esqueço que os outros têm o que fazer. kkk. Mesmo assim, gostaria de receber seus comentários e opiniões. Talvez você tenha uma idéia capaz de motivar a participação de nossos colegas nesta "roda de conversa" e em futuros encontros. Aguardo.

Ademir Costa
--------------------

De João Maria Araujo dos Santos para mim, 27.07.2009

Ademir, bom dia!

Que bom receber uma mensagem sua. Obrigado pela palavras de elogio: sinto-me envaidecido pelas suas considerações e referências a meu respeito. Ter amigo como você é uma força para continuarmos unidos pelo ideal de que um mundo melhor é possível. Espero poder dar mais atenção a essa parte inacabada de nossas existências... apesar das limitações de tempo que o trabalho impõe a todos nós, nos mais diferentes rincões deste Brasil.

Não renuncie ao sonho da comunicação: a internet ainda poderá fazer muito mais pela interação dos distantes estudantes a um preço módico... E você tem sido o espírito de congregação deste imenso e geograficamente disperso mundo de amizades, sempre revividas pelas suas mensagens. Sempre que posso, releio-as para tirar algum ensinamento, fortalecer alguma atitude... neste mundo que tem esquecido Deus...

Tenha merecidas férias, juntamente com sua amável família. Sucessos em seus novos empreendimentos em prol da preservação do meio ambiente para muitas gerações: feliz tese doutoral!

Atenciosamente,
João Maria

Nenhum comentário:

Postar um comentário