sábado, 25 de fevereiro de 2012

A Luta pra Fugir do Crack

Pedro Antonio Vieira Pereira, 24 anos, casado, pai de um filho, há oito dias em Fortaleza, quer se livrar do crack, droga que conheceu há quase dois anos. Veio de Baturité em busca de ajuda. Buscou lugar no albergue da prefeitura, porém faltava uma vaga para ele. A mesma resposta ouviu em um abrigo dirigido por freiras. [Não soube informar direito onde fica este último].Dormindo em praça pública, teve seus pertences e documentos roubados de sexta para sábado último. Junto com uma senhora que caminhava comigo, encontrei-o dia 25.03.12, dormindo em um banco do Parque Ecológico Rio Branco. Disse-nos ele que deixou mulher e filho recebendo o salário-desemprego. Se ficasse em casa, seria tentado a comprar droga com aquele dinheiro. Agora, sem documento, vê-se impossibilitado de comparecer e ganhar um emprego de servente de pedreiro que lhe prometeram na firma onde deveria se apresentar segunda-feira próxima. Comentando sua própria situação, perguntou-se: "Como é que uma pessoa na rua rouba outra que está dormindo na rua?" Ele parece bem decidido a deixar o vício e parece ter chance, pois, se passou oito dias sem consumi-la, aparentava certa tranquilidade, não parecia estar em crise de abstinência. Hoje pela manhã, mais duas pessoas [uma mulher e um homem] dormiam em quiosques diferentes, no parque. Uma presença que cresce a cada dia.

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