sábado, 1 de maio de 2010

Trabalhador(a), Hoje é Nosso Dia!!

Estou no lago de Viana, Maranhão. Na proa do barco. Seguro o leme, como a dizer: sou dono de meu destino, ninguém pode me parar. Mas dependo de outros. Na viagem, o sorriso do otimismo ao lado da cruz do leme. "Alegrias e Esperanças" apesar -- e por causa do sacrifício.






"A vida nada deu aos homens sem grandes sacrifícios", escreveu o cearense professor Lauro de oliveira Lima em um de seus livros que li ainda na década 1970. Eu entrava na juventude, achei a frase deverasmente árida, mas hoje dou razão ao mestre.

"Elles", donos do capital, nos exploram o quanto podem. Para "elles", trabalhadores e trabalhadoras devem ser sugados. Até a morte. Melhor, para elles, claro! Cientes disso, façamos nosso dever de casa. Cuidemos de nossos direitos. "Nossos direitos vêm!, Nossos direitos vêm!, se não vêm nossos direitos, o Brasil perde também!", diz a música das comunidades eclesiais de base. Que pode ser o poema do Movimento Transformação Coletiva.

É por aí, moçada! Vamos juntos, "na certeza de ser um eterno aprendiz", pois "eu sei qu'esta vida devia ser bem melhor, e será, mas isso não impede que eu repita: é bonita, é bonita e é bonita!" (Gonzaguinha).

"Apesar de 'você', amanhã há de ser outro dia", mas do Brasil seja "filho teu (que) não foge à luta", com aquela "fé na vida, fé no homem, fé no que virá! Nós podemos muito, nós podemos mais. Vamos lá fazer o que será". Ninguém faz por você o que está a seu alcance fazer. Não há destino, não há força externa a nos impedir, se não permitirmos que nos amarrem. Como escreveu Sartre, "estamos sós e sem desculpas", o que significa ser admissão de fraqueza lamentar que "os outros me forçam a isso", ou "os outros não me deixam fazer aquilo".

Nada de pessimismo: "já que tudo muda e tudo passa, aproveite o dia em plena graça. Já que tudo passa e tudo muda, aproveite o dia e não se iluda!" (Pingo de Fortaleza). Para os eternos pessimistas, deixo esta música dos anos 1970 (ditadura, lembra?) pra levantar o ânimo: "se vamos para a morte, queremos entregar a vida na conquista do amor e da paz". (Irala).

Aceite o convite da juventude parisiense de 1968 diante desse mundo em escombros: "Seja razoável: exija o impossível!". Aos que aceitam este convite, Gonçalves Dias dá o título de "os fortes, os bravos", a quem a vida "só pode exaltar".

Ademir Costa
Jornalista Profissional

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