sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Cumbe Reage à "Bons Ventos"

Recebi de João Luís Joventino do Nascimento, da comunidade de Cumbe, município de Aracati (Brasil), a comunicação que reproduzo abaixo:

Amig@s,

Já faz quatro dias que a comunidade do Cumbe, no município de Aracati (Ceará-Brasil) está de vigília. Fechou o acesso das usinas eólicas bons ventos, que irá implantar três parque eólico com 67 aerogeradores ao todo, o valor da obra é de aproximadamente 700 milhões de reais, dinheiro praticamente público, ou seja, nosso! Até o momento não apareceu ninguém da prefeitura, governo do estado e federal, representantes da empresa para conversar com a comunidade.
Estão sugindo comentários que de hoje (11.09.09)não passa e que estariam chegando hoje na comunidade policias para liberar o acesso. Estamos um pouco apreensivos, pois não sabemos que meios irá usar a polícia. Desde já, pedimos apoio e mais uma vez, por favor consigam um advogado para nos acompanhar nesse caso.
Estamos com alguns companheiros do MST da região do Aracati que estão nos ajudando na manifestação, mas isso é pouco pelo tamanho e importância do parque eólico que será um dos maiores do estado.

Um abraço.

João Luís Joventino do Nascimento
Cumbe - Aracati

ORIGEM - João Luís explica a origem do conflito: "Desde a madrugada do dia 8 de setembro, que a comunidade do Cumbe no município de Aracati no litoral leste do Ceará (Brasil), fechou por tempo indeterminado a via de acesso aos parques de energia eólica das empresas "Bons Ventos", "Canoa Quebrada" e "Enacel" todas na comunidade do Cumbe.
A comunidade tomou essa atitude, por não suportar mais o abuso das empresas eólicas que não respeitam o povo que vive aqui, desde antes de alas se instalarem, e também por não aguentar mais tanta poeira e lama, trânsito de máquinas e equipamentos pesados que circulam diariamente dentro da comunidade. Estamos aguardando os responsáveis pela obra do parque onde iremos cobrar um ajustamanto de conduta da empresa com a comunidade, bem como a construção da estrada de acesso ao parque, acabando, assim, com o problema da poeira e lama.
Na oportunidade iremos combrar também a restauração da igreja católica do Senhor do Bonfim, que está comprometida com o andamento das obras, bem como das casas que estão próximas da estrada com problemas de rachaduras. A comunidade quer também a construção de um museu arqueológico no Cumbe, e que tragam de volta todo o material que foi levado das dunas para outro estado. Negociar com a empresa que a compensação ambiental seja aplicada na comunidade através de um projeto de desenvolvimento comunitário local.
Pedimos a todo/as apoio no sentido de socializar com todos o que está se passando aqui e pedir à RENAP que nos acompanhe mais de perto nosso caso".

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