sábado, 4 de abril de 2020

A VONTADE DE SER LOCUTOR DE RÁDIO

Saí de minha cidade com 16 anos, em 1979. Quando eu tinha uns 13 ou 14 anos, queria ser locutor. Falei com o diretor da Rádio Difusora Mearim de Caxias, de cujo nome agora esqueço, e marcamos um teste. Dia e hora marcados, lá estava eu, entusiasmado e como único torcedor pelo meu êxito.
Fiquei inseguro ante ele e outros locutores que acompanhavam minha "prova". O diretor deu-me um comercial do remédio de nome Fontol, cujo texto eu deveria ler com a entonação de praxe. Concluída a gravação, solicitaram que eu fosse para uma sala contígua, enquanto a "banca" decidia meu destino. Com muito cuidado, o diretor comunicou-me que eu não passara no teste, dando a entender que a razão seria a inconsistência de minha voz que estava em fase de transição.
Passou-se o tempo, eu amadureci um pouco, o Mons. Arias chamou-me para, com outros rapazes e moças, rezarmos com ele "O Terço em Família", às 18h. O monsenhor já estava bem idoso e cansado. Com o tempo, foi deixando o terço só conosco, e me "elegeu" para ler os comentários que ele escrevia. E assim, vivi o sonho de ser locutor.
Simultaneamente, tornei-me correspondente da Rádio Timbira do Maranhão, sediada em São Luís e, nesta condição, enviava pelos Correios notícias de nossa cidade que eram lidas no programa O Interior no Rádio, aos sábados, 17h. Após a experiência na Rádio Mearim, nunca mais atuei como locutor em uma emissora de rádio. Os noticiários de rádio plantaram em mim a vocação de jornalista, profissão com que "ganhei a vida", em Fortaleza, onde meu primeiro emprego foi como redator do Jornal do Meio Dia, na Rádio Assunção, em 1975, porém nunca atuei ali como locutor. dite ou exc

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

QUEREM ACABAR COM AS DUNAS DO COCÓ. REAJAMOS!

http://www.addthis.com/bookmark.php?v=250&pubid=ra-4ef8d7f05ba21d02

Devemos reagir a esse abuso. Clique no link para ler. Participemos da manifestação domingo próximo, na confluência das Av. Pe. Antonio Tomás e Sebastião de Abreu.
Vamos lá!
Ademir Costa

terça-feira, 12 de junho de 2012

Festa da Vida 2012: Alegria e Protesto


Pelo menos 22 entidades e grupos sociais participaram ativamente da Festa da Vida 2012 domingo último, no Parque Ecológico Rio Branco, em Fortaleza. Elas expuseram ações de suas histórias e produtos de seu trabalho, ou apresentaram sua arte no palco. Houve também oficina de pintura dos rostos das crianças e de escultura de balões, a Associação Maravilha do Planalto Universo recolheu material reciclável seco e o Movimento Carlinhos Presente fez um protesto por sua morte em que exigiu tanto a apuração do crime como a punião aos executores e mandantes. Carlinhos era líder ambiental e foi executado dia 1º de abril último. 

A Festa reuniu cerca de 500 pessoas. Começou às 17h e se estendeu até 20h. Eis o rol das entidades participantes e suas ações durante a Festa:
1) Movimento Pró-Árvore [exposição de banners e distribuição de mudas]
2) Centro de Valorização da Vida [exposição de seu trabalho e distribuição de mudas]
3) Escola Quilombo de Palmares [distribuição de folder]
4) Lar Amigos de Jesus; [levou crianças em tratamento de câncer e distribuiu folder]
5) Comunidade Lauro Viana Chaves [registro do evento em vídeo];
6) CREA e Associação dos Engenheiros Agrônomos [distribuição de mudas e exposição sobre meio ambiente]
7) Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), [exposição de fotos e filme “O veneno está na mesa” em vídeo]
8) Grupo Sabores e Olhares da Serrinha; [exposição de fotos em telão]
9) Movimento Proparque, exposição de suas atividades com faixas e folderes, distribuição de revistas e realização do Projeto Livro em Movimento [empréstimo de livros].
Grupos que fizeram exposição de seus trabalhos em artesanato e venderam comidas típicas:
10) Associação Multiartes do Antonio Bezerra da Rede de Socioeconomia Solidária;
11) Associação de Mulheres Dendê Sol;
12) Associação de Empreendedores do Município de Fortaleza;
13) Associação de Comércio Solidário do Pirambu;

Grupos que fizeram apresentações artísticas:
14) Grupo as Lolitas; [pintura dos rostos das crianças e esculturas em balões]
15) Grupo Rytmos; [show de Chorinho]
15) Templo da Poesia; [recital]
16) Grupo Expressões Humanas [Peça Dom Poder e a Revolta da Natureza]
17) Grupo de Danças Circulares [dança]
18) Grupo de Tai-Chi [demonstração artística]
19) Parayba e Companhia Bate Palmas [show].

Atividades de cunho mais explicitamente político:
20) Protesto com poesia, pelo Movimento Carlinhos Presente;
21) Vídeo da Semana do Meio Ambiente, do Movimento Fora Capitalismo e demais grupos e movimentos da sociedade civil de Fortaleza.

Também participou da Festa da Vida e distribuiu mudas um grupo em formaçãono bairro Tauape:
22) Agente Voluntário Ambiental.

sábado, 26 de maio de 2012

Convite para a Festa da Vida 2012


Nós podemos tudo, nós podemos mais!
Festa da Vida 2012

O Movimento Proparque convida para a Festa da Vida 2012
dia 10 de junho, domingo, de 17 às 19h, no Parque Ecológico Rio Branco,
Av. Pontes Vieira. Preparação toda quinta-feira, às 7 horas, no anfiteatro do parque. Participe!

Atrações: exposições do que grupos e movimentos fazem pela vida, música, teatro, fotografias, faixas, panfletos, aulas, brincadeiras. Conheça o que Fortaleza vai levar para a Conferência Rio+20. Incentive sua entidade a participar e nos comunique.
O Movimento Proparque garante números de música e teatro.

Fale com o Movimento Proparque:
Fones 3254.1203 e 9994.9052
Mais informações na página: http://movimentoproparque.blogspot.com
Favor passar este informe para alguém.

sábado, 21 de abril de 2012

Dia da Terra em Fortaleza: a floresta invade a praia!

Na mesma data em que é celebrado o Dia da Terra, 22 de abril, teremos uma mobilização em Fortaleza em defesa do meio ambiente e contra as mudanças do "Novo" Código Florestal. Porque, se aprovado, esse código vai permitir a maior derrubada de árvores jamais vista no Brasil! Isso não é desenvolvimento sustentável.

O Código em trâmite [se aprovado] na Câmara dos Deputados terá como resultado o aumento do desmatamento, afetando os recursos hídricos de toda a nação, além de exterminar milhares de espécies, favorecer desastres naturais e ainda anistiar criminosos. O projeto está para ser votado. Para mostrar que somos contra a sua aprovação, faremos uma grande manifestação em Fortaleza, no aterro da Praia de Iracema, Avenida Beira Mar, em frente à estátua de Iracema. Vamos invadir a praia e as ruas, para exigir da presidente do Brasil, Dilma Rousseff, que cumpra sua promessa de campanha e use seu poder de veto.

Eventos semelhantes estarão ocorrendo em todo Brasil, numa grande rede pra chamar atenção da população e da mídia, mobilizar o país inteiro e despertar mais consciência sobre o desenvolvimento sustentável.

Vamos lá, pessoal!

Esperamos você domingo, dia 22, às 9 horas, na estátua de Iracema no aterro da Av. Beira Mar. Participe e divulgue também!

Mais informações com:
Naia, do Comitê em Defesa das Florestas: 91034852 ou 96686227

#florestainvadeapraia
Comitê Cearense em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável

domingo, 8 de abril de 2012

Convite para a Festa da Vida 2012

Esta carta está sendo enviada para pessoas e entidades, propondo adesão como expositores:

Festa da Vida 2012                

                        Fortaleza, 05 de abril de 2012.
 
Prezado[a] Senhor[a],

CONVITE PARA A FESTA – Nós do Movimento Proparque vimos convidar sua entidade, igreja, escola ou movimento para a Festa da Vida, 10 de junho de 2012, domingo, das 17h às 19 horas, no Parque Ecológico Rio Branco, em comemoração do Dia do Meio Ambiente. Contamos com sua colaboração para realizar com êxito esse projeto que é uma ação conjunta, desde 1998, em promoção de nosso bem maior: a vida.

A festa da vida é realizada graças à aliança entre o Movimento Proparque, o poder público e as forças sociais. Seu objetivo é promover exposições de trabalhos em favor da vida realizados por entidades, igrejas, escolas ou movimentos, bem como pelo poder público. Para isso, realizam-se show, canto, dança, poesia e outras manifestações que levam ao público informações para uma vida melhor.

Cada entidade monta seu espaço com seus próprios recursos, sem pagar taxa de adesão. Solicitamos de cada participante que ajude na divulgação e compareça às reuniões preparatórias [dia e hora na assinatura]. Quem não pode vir, comunica-se e acerta como participará. Meios para contato no rodapé desta carta.

      Sem mais, apresentamos nossas cordiais saudações.                                   
                                                  
Luísa Vaz
Coordenadora do
Movimento Proparque
Reuniões quintas-feiras, de 7h. às 8h, no anfiteatro do
Parque Ecológico Rio Branco – Av. Pontes Vieira, s/n - Joaquim Távora.
Contatos: Tel. 3254 1203 e cel. 8838.1203
E-mails: luisa_revisa@hotmail.com E jornalistaademircosta@gmail.com
http://movimentoproparque.blogspot.com

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Um Projeto para São Luis: 3º Texto


José Lemos*.

Nos dois últimos sábados apresentei algumas sugestões para reflexão dos leitores deste jornal acerca de idéias que formei e que, na minha modesta avaliação, poderiam ser analisadas com o objetivo de construir planos para tornar a nossa capital mais humana. Este é ano de eleição de prefeito da capital e precisamos construir uma agenda de debates acerca do presente e do futuro da nossa cidade, de uma forma participativa. O faço na honrosa condição de cidadão maranhense, que viveu parte da vida nessa cidade e que tem vínculos fortes com ela porque, além do umbigo estar enterrado nas suas imediações (está na Baixada Ocidental), tem parentes e pessoas a quem dedica muita afeição. Não apenas por isso que ouso expor as idéias. Acho ser obrigação de quem tem o privilegio de desfrutar de um espaço formador de opinião, utilizá-lo em beneficio de uma boa causa, como esta.
Eu havia sugerido a implantação de metrô de superfície em São Luis, aproveitando o leito da antiga RFFSA, chegando até Bacabeira, Santa Rita e Miranda. Nas grandes cidades o transporte coletivo de massas é a solução mais buscada. Em nossa terra não pode ser diferente. Uma linha de metrô, com trens circulando numa freqüência compatível com o tamanho da população urbana, desafogará bastante o transito da cidade. A transferência da Estação Rodoviária para Bacabeira ou para Santa Rita, interligada à rede ferroviária, tira os ônibus intermunicipais e interestaduais de circulação de São Luis e ainda estimula negócios numa daquelas cidades, no comércio, hotelaria, gerando empregos fora da capital.
A construção de um amplo terminal de descarga em Miranda, onde deixariam as suas cargas para serem transportadas por um comboio específico para a função, com freqüência compatível com o fluxo de chegada, daria uma folga ao cinturão de saída da capital, que precisa ser urgentemente duplicado, ao menos até aquele município. De quebra, reduziria o número de acidentes numa das áreas mais perigosas do estado.
Sabemos que isso iria de encontro aos interesses particulares de empresários do setor de ônibus urbanos. Mas os interesses da população estão acima dos negócios de quem quer que seja. Eles, os proprietários das empresas de ônibus urbanos, poderiam construir sociedades e viabilizar os investimentos para a construção do metrô em parceria com o setor publico, e se credenciariam para explorar a linha por um prazo definido, que poderia ser renegociado. O que não pode é a cidade ficar engessada e a sua população imobilizada ou com dificuldade de deslocamento para o trabalho ou para o lazer.
Também sugerimos a construção de “alças de escapamento” nos viadutos da Cohama e da Cohab, acabando de vez com aquelas preferenciais que causam estrangulamento no trânsito de São Luís em qualquer hora do dia. Mas as alternativas vão bem mais além. São Luis é uma cidade que não tem áreas de lazer, não tem espaço para se fazer caminhada, correr, andar de bicicleta. Os pedestres não encontram espaço para se deslocarem, pois as calçadas estão sempre lotadas de carros ou se transformam em extensões de bares. Tem de ser feito um projeto de ordenamento urbano.
Sinto falta em São Luís de um Jardim Botânico, ou um Bosque em que as pessoas possam ir para namorar, jogar conversa fora, caminhar, correr, contemplar a natureza. Eu, quando estou em São Luís, dou as minhas corridas nas imediações da reserva do Itapiracó. Pensei que para ali poderia ser feito um projeto de Jardim Botânico. Há professores dos cursos de Agronomia e de Biologia da Uema e da UFMA que poderiam ser requisitados para opinarem, fazerem um projeto de implantação de um equipamento desses.
Um bosque, ou um Jardim Botânico, é também um espaço de difusão do saber. Onde os estudantes dos cursos de Agronomia e Biologia, orientados por professores, poderiam catalogar e identificar todo o acervo vivo que se encontra por ali. Seria um espaço de troca de conhecimento com o prazer de desfrutar de ar livre e de odor de natureza. Um ambiente de pesquisa, de lazer. Lúdico, para onde todos iriam com segurança.
Há ainda o que restou da reserva do “Rangedor” que também poderia ser outro espaço para construir algo assim. Como a Assembléia Legislativa está instalada ali, poderia partir dos deputados uma proposta para construção de um espaço assim, espécie de extensão da Casa do Povo. Eles estariam trazendo as pessoas para perto, sobretudo os jovens. Um público irreverente e que se deleita em ambientes onde exercitem a inteligência.
Ficam as sugestões de quem não tem qualquer pretensão, a não ser aquela de exercitar a cidadania e de poder, ao menos, contribuir para o debate. Se o conjunto de sugestões que eu fiz, contiverem algum sentido prático, já estarei satisfeito.
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*Professor Associado III na Universidade Federal do Ceará. Escreve aos sábados para O Imparcial. Publicado aqui mediante autorização.